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Análise de risco na cadeia de abastecimento - o caso da indústria farmacêutica

Aluno: Jorge Filipe Da Silva Oliveira


Resumo
À medida que as cadeias de abastecimento se tornam mais complexas devido ao global sourcing e ao foco na redução de custos, o risco na cadeia de abastecimento e o número de disrupções também têm vindo a aumentar. O objetivo do presente trabalho foi identificar os riscos que ocorrem nas cadeias de abastecimento da indústria farmacêutica e perceber como é que os gestores avaliam os mesmos, as ações que tomam para os mitigar e as medidas de contingência adotadas. Para responder a este objetivo foram realizadas várias entrevistas semi-estruturadas com profissionais de compras e Supply Chain de sete empresas com fábricas em Portugal. Os resultados demonstram que as empresas não têm estruturas e processos formais de gestão de risco na cadeia de abastecimento, embora todas elas adotado medidas informais de mitigação e contingência. O desenvolvimento das relações com os fornecedores é a principal estratégia de mitigação usada pelos gestores entrevistados, sendo que ajudar os fornecedores a melhorar ou passar o risco para os mesmos são duas outras estratégias identificadas ao longo deste estudo. As duas estratégias de contingência identificadas são a aprovação de fornecedores alternativos e a constituição de stocks de segurança, sendo ambas usadas pela grande maioria das empresas deste estudo. Os resultados mostraram ainda que, embora os gestores estejam cientes para muitos dos riscos que afetam a cadeia de abastecimento e usem várias abordagens informais para lidar com os riscos, nenhum deles estava a implementar as estratégias de forma sistemática e holística.


Trabalho final de Mestrado