O Impacte do COVID-19 nos Modelos de Negócio da Restauração em Portugal

Na sua forma mais grave, uma adversidade representa uma “crise” estratégica caracterizada por três características principais: é de importância crítica para a sobrevivência da empresa, apresentada sob pressão de tempo para resposta e contextualizados em ambientes incertos que levam a resultados desconhecidos e mal definidos (Dutton, 1986). Numa altura em que a grande maioria dos restaurantes nacionais fechou portas, e que o setor está a ser fortemente penalizado por esta pandemia, é muito importante que as empresas se reinventem. Sem poder receber clientes dentro de portas, os restaurantes têm procurado aderir a novos métodos, nomeadamente através de takeaway e entregas em casa. São muitos os modelos de negócio alternativos que dão esperança às empresas de continuar no setor. A noção ampla de mudança do respetivo modelo de negócios inclui inovações e mudanças imitativas sendo que ambos podem ser de natureza exploratória ou exploradora, dependendo da radicalidade da mudança e da interferência na lógica estabelecida da complementaridade. Devido à constante e importante evolução da internet e da tecnologia, as empresas necessitam de acompanhar estas tendências de utilização de novas tecnologias. O objetivo principal deste estudo, será o de analisar como é que o setor da restauração foi afetado pela pandemia e consequentemente, pelas medidas de restrição, assim como compreender as alterações na procura e oferta e por fim, analisar quais os modelos de negócio mais favoráveis ao desenvolvimento da atividade da restauração, num contexto de pandemia. Independentemente da forma que esta reinvenção assuma, o passado mostra-nos que, desde o princípio da evolução da espécie humana, não é o mais forte que sobrevive, mas o que melhor se adapta.