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Modelo de Negócio para uma economia circular; o caso de start - ups agroalimentares portuguesas

Aluno: Mariana Dias Da Cunha


Resumo
Recentemente, tem-se assistido ao crescente reconhecimento do impacto negativo das atividades industriais. A agroalimentar não é exceção, pois apesar de ser essencial para a entrega de produtos alimentares ao mercado, é também responsável pela geração de externalidades negativas, quer ambientais, quer sociais. À medida que estas preocupações aumentam, especialmente através de normas nacionais (Plano de Ação de Economia Circular) e europeias (Pacto Ecológico Europeu), as empresas pretendem garantir a sua competitividade, procurando formas de incluir a mitigação de tais desafios na sua visão estratégica. Tendo como base uma metodologia qualitativa, realizou-se a análise de três estudos de caso de start-ups nacionais da indústria agroalimentar, onde se procura entender como estas desenvolvem o seu modelo de negócio, para o alcance de uma economia circular e em que fase se encontram neste processo. Através da ferramenta Ecocanvas, em cada caso foi possível identificar os principais desafios que estas empresas enfrentam, que se prendem com questões ambientais, sociais, com questões de mercado ou político-legais. Face a estes, foram identificadas possíveis melhorias para o alcance de uma economia circular. Da mesma forma, ficou evidente a importância dos recursos intangíveis nos casos estudados, o que realça a necessidade de integração também dos aspetos ambientais e sociais nos modelos das start-ups. Assim, foi ainda possível constatar a fase inicial de desenvolvimento em que o modelo de negócio destas empresas se encontra para a transição circular. Considerando o alcance de uma economia circular não como um resultado, mas antes como um processo, a lógica de modelação adotada permitiu consolidar a literatura existente e fornecer novas informações e perspetivas de aplicação e melhoria de desempenho às start-ups em estudo.


Trabalho final de Mestrado