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A importância das práticas de gestão do risco na saúde: melhoria da qualidade do serviço e avaliação da cultura de segurança do doente

Aluno: JosÉ Miguel Gomes Saraiva


Resumo
A cultura de segurança do doente constitui um enorme desafio nos cuidados de saúde, tornando-se uma prioridade estratégica para todas as organizações de saúde. Este trabalho pretende avaliar as práticas de gestão do risco clínico, em particular o nível da cultura de segurança do doente, em sete hospitais portugueses. Foi utilizado o questionário Hospital Survey on Patient Safety Culture, traduzido para português, que analisa doze dimensões da cultura de segurança do doente, numa perspectiva dos profissionais de saúde, permitindo identificar os pontos fortes e também oportunidades de melhoria nos serviços prestados pelos hospitais. Obtiveram-se 1 065 questionários preenchidos, provenientes de diferentes grupos profissionais incluindo médicos, enfermeiros, assistentes operacionais, assistentes técnicos, técnicos de diagnóstico e terapêutica, técnicos superiores e farmacêuticos. Em relação à avaliação das dimensões estudadas, as que obtiveram melhores resultados foram o ?Trabalho em equipa? e o ?Apoio à segurança do doente pela gestão?, sendo a ?Frequência da notificação de eventos?, ?Dotação de profissionais? e ?Resposta não punitiva ao erro? as que apresentaram piores resultados e consideradas áreas prioritárias a melhorar. Percebemos também que a idade, ao contrário do grupo profissional dos respondentes, não influencia o número de eventos notificados nem a avaliação geral da segurança. O trabalho em equipa, liderança, comunicação, notificação de erros e o apoio da gestão de topo, são fundamentais para promover a melhoria da cultura de segurança do doente. A gestão do risco clínico e a gestão da qualidade devem ser vistos como meios para garantir o sucesso e sustentabilidade das organizações de saúde.


Trabalho final de Mestrado