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A importância da sustentabilidade no planeamento das cadeias de abastecimento

Aluno: Beatriz Sofia Festas Corista


Resumo
O aumento da consciencialização ambiental e social a nível global tem-se manifestado num aumento da pressão sobre as empresas para que estas implementem soluções cada vez mais sustentáveis. As cadeias de abastecimento, e mais concretamente as suas operações logísticas, apresentam um elevado destaque no âmbito da sustentabilidade devido principalmente ao elevado consumo de energia e emissões de CO2, tendo vindo a ser desenvolvidas um conjunto de ações com o objetivo de mitigar o seu impacto. É nesse contexto que surge o presente trabalho, cujo foco foi o desenvolvimento de um modelo matemático Mixed Integer Linear Programming Model (MILP), orientado especificamente para as atividades de transporte. Este modelo pretende ser uma ferramenta de apoio à tomada de decisão no momento de planeamento tático e operacional, permitindo a caracterização mais sustentável das frotas, definindo as suas dimensões e percursos. De forma a demonstrar a aplicabilidade do modelo, este foi aplicado a um caso real, caracterizado pelas operações da CTT Expresso, sendo implementado na linguagem de programação GAMS (General Algebraic Modeling System). Como fatores de comparação, foram analisados o número total de quilómetros (km) percorridos, o número de veículos necessários, bem como o total de emissões de CO2 e o tempo e custo de operação. Adicionalmente, foi também considerado um limite no que respeita ao tempo máximo de condução, tendo em consideração a legislatura atual. Através da análise dos resultados provenientes de dois cenários distintos, nos quais um se foca unicamente na vertente económica e outro na vertente ambiental, é possível concluir que um maior foco na vertente ambiental permite alcançar ganhos significativos relativamente à redução de emissões de CO2 sem implicar necessariamente aumentos significativos nos custos da operação. Através deste modelo foi também possível concluir que, contrariamente ao que seria esperado, uma redução dos custos da operação, que implica uma redução no número de km percorridos, não reflete necessariamente uma redução de emissões de CO2.


Trabalho final de Mestrado