Aluno: Karolina Boyarko
Resumo
Ao longo dos últimos anos tem havido um interesse crescente sobre Inovação Aberta (IA), tornando-se assim um novo paradigma para organizar a inovação. A IA é definida como um processo de inovação baseado em fluxos de conhecimento geridos propositadamente para além das fronteiras organizacionais. Tornou-se um dos tópicos mais pesquisados na gestão da inovação, atraindo atenção tanto de académicos como de gestores, no entanto ainda existe um déficit de conhecimento no que respeita à gestão da IA na prática das empresas e as especificidades que a cocriação traz a essa gestão.
Assim, esta dissertação procurou descrever como a IA é gerida no âmbito de uma cocriação, entre uma grande e uma pequena empresa, e como o mesmo sofreu alterações durante a colaboração. Atribuiu-se uma especial ênfase aos temas da definição de objetivos, organização interna e à gestão do conhecimento, mas também à gestão de um projeto piloto em tempo de crise (pandémica). Para isso, recorreu-se à análise do projeto de telemonitorização cardiovascular da empresa Siemens Healthineers, que se considera um projeto de inovação radical em colaboração com uma pequena start-up.
Os resultados do estudo demonstraram que trabalhar em parceria nem sempre é linear, especialmente durante o desenvolvimento de um projeto piloto de inovação radical. Os objetivos e os timings sofreram alterações para acomodar a evolução das motivações e expectativas dos parceiros, mas também as mudanças no contexto provocadas pela crise do COVID-19. Finalmente, ficou também evidente que é possível ter uma parceria de sucesso, especialmente durante uma crise, é fundamental ter uma boa liderança e organização interna no desenvolvimento do projeto, bem como uma comunicação transparente, flexibilidade e dedicação.
Trabalho final de Mestrado