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AS ONGD PORTUGUESAS E A GESTÃO DE PROJETOS DE DESENVOLVIMENTO INTERNACIONAL

Aluno: Alexandre AntÓnio Frutuoso Abaladas


Resumo
Vários estudos empíricos no âmbito da gestão de projetos de desenvolvimento internacional têm conduzido ao questionamento de muitos dos pressupostos teóricos e metodológicos das visões tradicionais em gestão de projetos. Neste contexto, o propósito do presente estudo visou discutir a problemática geral identificada na literatura a partir das perceções dos gestores de projeto das principais ONGD nacionais. Para o efeito, foi adotado um design de investigação do tipo ?mixed methods?. Subsequentemente, numa primeira fase procedeu-se à aplicação de um questionário às sessenta e oito ONGD nacionais associadas à Plataforma Portuguesa das ONGD; e numa segunda fase foram conduzidas entrevistas semi-estruturadas a um subgrupo de gestores de projetos destas organizações selecionados de acordo com uma lógica de amostragem orientada. Os resultados revelaram um perfil específico no que respeita à adoção de ferramentas e metodologias de gestão de projetos entre as ONGD avaliadas, evidenciaram as características particulares deste tipo de projetos e da sua gestão, e realçaram as limitações das ferramentas e metodologias normalmente utilizadas no setor do desenvolvimento. A identificação destas limitações permitiu-nos ir ao encontro do atual debate em torno das limitações das abordagens tradicionais da gestão de projetos e do surgimento de abordagens alternativas (i.e. ágeis ou adaptativas). O estudo conclui com a apresentação de uma suposição teórica: de forma a responder às necessidades práticas destes gestores de projetos, devemos evitar uma visão redutora de adaptabilidade e recusar, a priori, a ideia de abordagens tradicionais e abordagens adaptativas ou ágeis enquanto dois polos antitéticos irreconciliáveis.


Trabalho final de Mestrado