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O IMPACTO DA PERCEÇÃO DE TRABALHO DIGNO NO BEM-ESTAR: COMPARAÇÃO ENTRE DIFERENTES REGIMES DE TRABALHO

Aluno: Leonor Pinto Loureiro


Resumo
O presente estudo tem como objetivo analisar o impacto que a perceção de trabalho digno tem no bem-estar dos colaboradores, fazendo a comparação entre os diferentes regimes de trabalho. Foram analisadas cinco variáveis do trabalho digno (condições seguras de trabalho, acesso a cuidados de saúde, compensação adequada, horário flexível e valores organizacionais) e como essas variáveis influenciam o bem-estar subjetivo, o bem-estar no trabalho e o bem-estar psicológico dos colaboradores. Os resultados indicam diferenças significativas nas perceções de trabalho digno e bem-estar entre diversos grupos demográficos e profissionais. Os homens tem uma média mais elevada do que as mulheres, em relação aos acessos a cuidados de saúde e à flexibilidade de horários. Relativamente ao estado civil, os solteiros apresentam uma média mais alta em termos de compensação adequada, porém são os não solteiros que apresentam uma média mais elevada de bem-estar no trabalho. Os colaboradores sem filhos apresentam a média mais alta no que respeita à flexibilidade de horários e os colaboradores que tem cargos de chefia apresentam uma média mais elevada de bem-estar subjetivo, bem-estar no trabalho e bem-estar psicológico. Quanto ao setor, o setor público, apresenta a média mais alta em termos de acesso a cuidados de saúde e o setor privado apresenta a média mais alta ao nível da compensação adequada. Em relação aos inquiridos em regime de teletrabalho/híbrido, estes apresentam uma média mais alta, no que respeita ao acesso a cuidados de saúde, a uma compensação adequada e a um horário flexível. A análise do modelo estrutural revelou que seis das relações diretas em estudo foram significativas, confirmando a importância das condições seguras de trabalho e dos valores organizacionais no bem-estar subjetivo, bem-estar no trabalho e bem-estar psicológico. O modelo explicou 17,5% do bem-estar subjetivo, 33,5% do bem-estar no trabalho e 28,3% do bem-estar psicológico. A análise multigrupos indicou que, tanto no regime presencial quanto no regime de teletrabalho/híbrido, verificaram-se cinco relações diretas. Em comparação com a amostra total a relação não significativa no regime presencial ocorreu entre os valores da organização e o bem-estar psicológico. No regime de teletrabalho/híbrido ocorreu entre os valores da organização e o bem-estar subjetivo.


Trabalho final de Mestrado