Aluno: Sofia BelÉm Santiago
Resumo
A capacidade de mudança e de adaptação à evolução do mercado de trabalho tem demonstrado ser um desafio ao nível cultural internacionalmente, nomeadamente em relação à flexibilidade laboral sentida em países como Portugal. Nos últimos dois anos, após a pandemia COVID-19 houve uma necessidade de reformulação do modelo de trabalho. Deste modo, o Governo Português, em conjunto com a investigadora Rita Fontinha e o Professor Pedro Gomes, decidiram implementar um projeto-piloto da semana de trabalho de quatro dias, passando por diversas fases de adaptação, e perfazendo um período experimental de seis meses, sob o qual este estudo se debruça.
Este estudo incide nas perceções dos trabalhadores sobre os efeitos da semana de trabalho de quatro dias em Portugal em fatores como a satisfação organizacional na empresa e equilíbrio na dinâmica trabalho-casa, com relevância no impacto da qualidade de vida e na produtividade.
Para o cumprimento dos objetivos propostos, foram concretizadas entrevistas semiestruturadas, através do Microsoft Teams, dirigidas a 21 trabalhadores – um gestor de recursos humanos, três diretores empresariais e dezassete trabalhadores de diversas áreas. Estas entrevistas foram dissecadas com recurso à técnica de análise de conteúdo temática, seguindo as diretivas de Bardin (1977).
Os resultados alcançados demonstram que a semana de trabalho de quatro dias apresenta mais benefícios do que prejuízos para os trabalhadores portugueses, visto que representa uma mudança de paradigma laboral focada na satisfação organizacional, no equilíbrio trabalho-família e na produtividade para as pessoas.
Trabalho final de Mestrado