Aluno: Vera Filipa Reis Nascimento
Resumo
A mudança é um tema essencial para as organizações dos nossos dias. No entanto, várias iniciativas de mudança fracassam, encontrando-se a resistência à mudança e o cinismo dos colaboradores face à mudança entre as principais razões para esse fracasso.
Este estudo analisa as relações que se estabelecem entre diferentes componentes da resistência à mudança e do cinismo face à mudança numa amostra de jovens. Vários autores têm defendido que as novas gerações têm uma visão diferente do trabalho, sendo mais flexíveis e aberto face à mudança. O estudo foi baseado num questionário e tem como participantes 123 indivíduos cuja média etária é 26 anos.
Os resultados revelam que o cinismo e a resistência à mudança apresentam baixos níveis para os jovens, verificando-se uma associação entre os dois conceitos, embora, com algumas excepções quando analisadas as suas dimensões. Mais especificamente, para o cinismo verifica-se que a dimensão de pessimismo (falta de crença na possibilidade de sucesso da mudança) está positivamente correlacionado com todas as dimensões de resistência à mudança, mas a dimensão de atribuições disposicionais (falta de crença nas capacidades ou motivação dos responsáveis pela mudança) não apresenta correlações significativas com as dimensões de resistência à mudança. Os resultados também revelaram que a resistência à mudança está negativamente correlacionada com o tempo de experiência profissional e que os níveis de cinismo mais elevados estão associados ao sector privado.
Trabalho final de Mestrado