Aluno: Paula Cristina Catambas Dordio
Resumo
Apesar do impacto da procrastinação (ato de adiar ?para depois?) quer para os indivíduos quer para as organizações, a maioria dos estudos existentes foi desenvolvida em ambiente académico. O presente estudo visa responder a essa lacuna empírica ao investigar os antecedentes da procrastinação em contexto de trabalho. Dado que diversos estudos têm vindo a evidenciar a necessidade de se considerar como antecedentes da procrastinação quer fatores de personalidade quer fatores situacionais, incluiu-se neste estudo a extroversão e o tédio no trabalho como preditores deste fenómeno tão prevalente.
O presente estudo, suportado num inquérito por questionário, foi conduzido numa amostra de 287 indivíduos. Apesar de os inquiridos não manifestarem níveis elevados de procrastinação no trabalho, nem de tédio no trabalho, foi possível concluir que o tédio no trabalho é um preditor das duas dimensões da procrastinação no trabalho: o soldiering e o cyberslacking. Concluiu-se ainda que os indivíduos mais extrovertidos têm menos comportamentos de soldiering. De sublinhar que não se encontraram diferenças estatisticamente significativas entre homens e mulheres no que diz respeito à procrastinação no trabalho. Em contrapartida, existem diferenças estatisticamente significativas ao nível da idade e das habilitações literárias. Os inquiridos na faixa etária dos 26 aos 30 anos e mais escolarizados são os que mais recorrem ao cyberslacking como forma de procrastinar no trabalho.
Trabalho final de Mestrado