Aluno: Teresa Miranda Alvadia
Resumo
A pandemia COVID-19 veio intensificar de forma significativa o teletrabalho,
nomeadamente no Setor Bancário, tornando relevante avaliar o seu impacto quer ao
nível organizacional quer individual. No presente estudo procurou-se, pois, avaliar em
que medida a carga de trabalho e o isolamento social impactam no work engagement e
na satisfação com a vida dos teletrabalhadores da Banca. Tendo por base um inquérito
por questionário aplicado a 188 trabalhadores do Setor Bancário Português, foi testado
um modelo teórico com recurso à técnica do Partial Least Squares (PLS).
Verificou-se que os não millennials (mais de 40 anos de idade) têm níveis mais elevados
de absorção e dedicação face aos millennials (até 40 anos de idade). Em contrapartida,
verificou-se que os não casados (solteiros, viúvos, separados ou divorciados)
percecionam níveis mais elevados de absorção e dedicação face aos que são casados (ou
que vivem em união de facto). Por sua vez, constatou-se que existem ainda diferenças
estatisticamente significativas no work engagement consoante o regime de trabalho
(presencial, totalmente em teletrabalho ou misto), sendo que se constatou que quanto
maior a presença dos inquiridos no local de trabalho, maiores os níveis de work
engagement. Verificou-se ainda que o work engagement medeia a relação entre o
isolamento social e a satisfação com a vida, bem como a relação entre a carga de trabalho
e a satisfação com a vida. São ainda apresentadas as implicações teóricas e práticas do
estudo.
Trabalho final de Mestrado