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A Qualidade do Emprego no Sector Terciário em Portugal

Aluno: Maria De Lurdes Rodrigues Batista Alves


Resumo
Com este trabalho pretendeu-se caracterizar e analisar o setor dos serviços em Portugal no que concerne à qualidade do emprego, utilizando para o efeito os dados estatísticos do 5º Inquérito às Condições do Trabalho da Fundação Europeia (EUROFOUND). Procedeu-se à análise descritiva e multivariada de variáveis como a autonomia, o conteúdo e organização do trabalho, a segurança laboral e a satisfação com o trabalho. Os dados refletem uma qualidade de emprego nos serviços ainda ténue. Mesmo quando alguns valores parecem contrariar esta ilação, não são consubstanciados nos resultados, evidenciando uma reduzida expansão de NFOT relacionadas com o modelo qualificante, constrangimentos na participação organizacional e no desenvolvimento pessoal, fraca aposta em trabalho de equipas polivalentes e autónomas, baixa autonomia e reduzida capacidade de decisão, refletindo, quase sempre, a opção pela ?via baixa? da competitividade. Nas práticas de organização do trabalho verificam-se considerável variação em função das subáreas de atividade que integram os serviços, divergindo entre os grupos socioprofissionais. Os subsetores onde se observa adesão a práticas qualificantes são a área financeira com melhores resultados na decisão, polivalência, qualificação e perspetivas de carreira e a saúde/ação social, com os níveis mais elevados de trabalho em equipa e rotatividade de tarefas. Nesta linha, são os quadros superiores da administração pública, directores/as docentes ou profissionais de saúde que mais se destacam face à autonomia e qualidade intrínseca do trabalho; por outro lado, confrontados com a fraca qualidade de emprego, estão os profissionais de receção e atendimento telefónico e os/as trabalhadores/as classificados/as como não qualificados/as.


Trabalho final de Mestrado