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Restrições orçamentais e comportamentos éticos em contexto hospitalar ? evidências de cirurgiões gerais

Aluno: Cristina Piedade Silva


Resumo
Ética e Economia são dois conceitos que se correlacionam intrinsecamente com um Sistema Nacional de Saúde num cenário de pós crise ainda indefinido. A par com a recessão económica iniciada no final da 1ª década do século XXI, as instituições de saúde depararam-se com restrições económicas que condicionaram recursos materiais e humanos, que têm vindo a afetar a atividade dos profissionais de saúde. Os cirurgiões gerais, enquanto recursos humanos de organizações de saúde pública e/ou privada, regem-se por um código deontológico que pode ou não ser condicionado pela economia hospitalar. Os condicionalismos de uma economia hospitalar deficitária e de um orçamento restritivo para a Saúde, podem interferir na vida profissional destes médicos, limitando as suas ações no que concerne à tomada de decisão sobre o melhor tratamento para os seus doentes e condicionar os seus comportamentos éticos. Utilizando uma abordagem metodológica qualitativa e de observação participante, a investigação recai sobre se os comportamentos dos cirurgões gerais se alteram perante um cenário de constrição financeira nos seus procedimentos diários, de acordo com a sua ética deontológica. Afere-se que, independentemente de se manterem fiéis ao seu código deontológico, os cirurgiões gerais são afetados nas suas boas práticas e no tratamento dos pacientes, sem que anulem uma liberdade intrínseca de ajuizar clinica e eticamente a sua atividade, mas que a denúncia de má prática permanece silenciada e nenhum organismo externo interfere nesta na sua tomada de decisão ética. Palavras-Chave: Ética, Cirurgiões Gerais, Gestão de Recursos Humanos, Restrições Orçamentais, Saúde.


Trabalho final de Mestrado