A Propensão da População Portuguesa para a Adoção de Socially Assistive Robots

Com o rápido envelhecimento da população mundial verifica-se um aumento do número de pessoas a requerer cuidados da parte de outrem. Contudo, o fenómeno mencionado traz, também, uma redução do número de pessoas disponíveis para prestar tais cuidados. Como tal, as sociedades são cada vez mais forçadas a lidar com esta discrepância que deve ser colmatada de modo a permitir aos idosos envelhecer com a dignidade que estes merecem. Uma forma de o fazer pode ser encontrada no campo das tecnologias de apoio, nomeadamente na figura dos Socially Assistive Robots (SAR): robots que apoiam os humanos através da interação social. O objetivo do presente estudo é investigar a propensão da população idosa portuguesa para a adoção destes robots. Para esse fim, primeiro, foi levada a cabo uma revisão da literatura onde foi recolhida informação relativa às formas em que os SAR podem apoiar os idosos, fatores que afetam a adoção destes robots e as principais preocupações que se afiguram num processo de adoção. De seguida, um estudo quantitativo baseado na aplicação de questionários à população portuguesa com 65 ou mais anos foi conduzido. De modo a estudar os fatores que influenciam a adoção dos robots, uma adaptação da segunda versão do modelo Unified Theory of Acceptance and Use of Technology foi criada e operacionalizada. Os resultados do estudo, não sendo tão abrangentes como inicialmente desejado, servem para complementar a base de conhecimento a ser constituída em torno deste tópico, iluminando e informando o trabalho daqueles que desenvolvem SAR.