Aluno: Manuel Maria Avillez AtaÍde Oliveira Monteiro
Resumo
Este trabalho é o relatório de um estágio de seis meses levado a cabo na consultora KPMG Advisory, no Departmento de Risk Consulting.
Historicamente, as instituições financeiras têm reconhecido a importância que a quantificação dos chamados requisitos mínimos de capital tem para a gestão de risco. Com efeito, estes requisitos estabelecem limites exigidos por reguladores corporativos, corretores ou agências, na realização de operações financeiras, com a finalidade de proteger tais instituições da falência, insolvência ou outras situações de crise. A União Europeia lançou vários documentos onde dá orientações para a minimização do risco de perda de capital, destacando-se o Regulamento de Requisitos de Capital (CRR), cujo objetivo é guiar os bancos na implementação de um conjunto de ações normalizadas, para gerir riqueza e simultaneamente evitar a ocorrência de crises agravadas.
Durante o meu estágio participei num projeto de Modelo de Risco Operacional destinado a apoiar as decisões do Processo de Autoavaliação da Adequação do Capital Interno (ICAAP) de um banco português. No seu decurso programei um algoritmo para efetuar uma simulação de Monte-Carlo para as perdas esperadas no âmbito daquele risco, que seriam posteriormente traduzidas em termos de requisitos mínimos de capital. O modelo baseia-se essencialmente no CRR, mas incorpora também algumas indicações da Abordagem de Medidas Avançadas (AMA).
Para obter os resultados, foi necessário efetuar dois tipos de agregações das unidades de medida de risco (ou células de risco), sob indicação do banco. As agregações escolhidas corresponderam a resultados diferentes, sendo as causas das diferenças analisadas e discutidas em função da frequência e gravidade dos eventos.
Trabalho final de Mestrado