Aluno: Maria Bastos Da Costa
Resumo
Com a urgência da ação climática e a relevância dos empregos verdes, tendo como referência o quadro de apoios à Investigação e Desenvolvimento e o cenário nacional, esta dissertação produziu aprendizagens sobre o que poderá constituir um esquema de apoio à formação no trabalho para empregos verdes, com base nas preferências do público-alvo, as Pequenas e Médias Empresas Portuguesas. Através de um processo de investigação inovador, que combinou um Discrete Choice Experiment e perguntas qualitativas, são medidas as preferências entre uma dedução fiscal e uma subvenção, com os resultados a sugerir que a presença de uma dedução fiscal pode ser um pouco mais relevante para os empresários quando comparada com uma subvenção, num cenário em que as empresas não rentáveis seriam elegíveis para o incentivo fiscal. As empresas também valorizaram muito a presença de uma Certificação de empregos verdes e de um Selo de Excelência, mas as componentes de apoio à candidatura foram consideradas as características mais relevantes, especialmente para as empresas mais pequenas e mais experientes. Por sua vez, a burocracia da candidatura influencia fortemente a decisão de candidatura a um esquema de apoio, independentemente da dimensão da empresa ou da experiência com financiamento público de I&D. Os resultados também corroboram a relevância dos apoios não financeiros para impulsionar as PME portuguesas a cumprirem as metas ambientais, nomeadamente através da Consultoria para a criação de um ‘Plano de Empregos Verdes’, apesar de muitas empresas já estarem a fazer esforços significativos para tornar as suas operações e a sua força de trabalho mais ‘verdes’.
Trabalho final de Mestrado