Aluno: Pedro Maria Garrett ArsÉnio
Resumo
Em Portugal, um em cada quatro adultos admite ser consumidor de suplementos alimentares. Os fatores que influenciam a intenção de compra destes produtos carecem de investigação em contexto nacional. Assim, foi desenvolvido um modelo concetual dos preditores da intenção de compra de suplementos alimentares, com base numa revisão de estudos nesta temática. Estes preditores incluem a preocupação com a saúde, atitudes para com suplementos alimentares, foco na promoção da saúde, conhecimento subjetivo, modelização social, preocupação com a aparência e envolvimento com a atividade física. Foram também estudadas as motivações para o consumo e os motivos para o não consumo destes produtos.
Foi realizado um inquérito por questionário online num horizonte temporal cross-sectional. A amostra inclui 141 indivíduos residentes em Portugal, tanto consumidores como não consumidores de suplementos alimentares. As hipóteses do modelo foram testadas com recurso à regressão linear múltipla.
O modelo explica aproximadamente 48% da variação da intenção de compra de suplementos alimentares. As atitudes para com suplementos alimentares e o conhecimento subjetivo foram os preditores estatisticamente significativos da intenção de compra de suplementos alimentares. As principais motivações para o consumo incluem melhorar a saúde geral, reforçar o sistema imunitário e aumentar os níveis de energia. Os principais motivos para o não consumo incluem a perceção de inexistência de necessidade e ceticismo em relação à segurança e eficácia dos produtos.
A intenção de compra está associada a atitudes positivas relativamente à suplementação alimentar e a um maior conhecimento subjetivo. Como tal, será de interesse das empresas concentrar os seus esforços de marketing na comunicação de informação correta e dos potenciais benefícios destes produtos. Apesar da amostra não ser representativa, este estudo pode servir como ponto de partida para estudos futuros mais robustos.
Trabalho final de Mestrado