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O Crescimento Económico e as Emissões de CO2

Aluno: Pauline Rosado


Resumo
Em novembro de 1990, no primeiro relatório Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) foi reconhecido, pela primeira vez, que a combustão de energias fósseis tem consequências negativas sobre o ambiente. Desde essa data, a quantidade crescente de emissões de CO2 está associada ao processo das alterações climáticas. 40 anos depois da primeira conferência climática em 1979, as emissões de CO2 mundiais aumentaram de 85% acompanhando o PIB mundial que passou de 9.965 a 79.297 triliões de dólares. Neste enquadramento, este trabalho tem como objetivo perceber se existem relações de longo prazo entre o crescimento económico e as emissões de CO2 num conjunto de países através da especificação de modelos ARDL (Autoregressive Distributed Lag). Perceber se essa relação existe é essencial para fundamentar as decisões governamentais. Este modelo é composto por 5 variáveis julgadas essenciais para esta análise: emissões de CO2 per capita, PIB per capita, o consumo de energia, a abertura comercial e a população urbanizada. Este trabalho abarca um horizonte temporal de 1971 a 2014 e tem em conta dados sobre 20 países com níveis de rendimento diferentes. Os resultados indicam que dos 20 países, tanto desenvolvidos como em desenvolvimento, 14 apresentam uma relação de longo prazo entre o crescimento económico e as emissões de CO2. Esta constatação permite concluir que é necessário e urgente que todos os países, desenvolvidos ou não, tenham uma agenda de políticas ambientais que promova a redução das emissões de CO2, em paralelo com o crescimento das suas economias.


Trabalho final de Mestrado