Unal, uma aldeia na Guiné-Bissau onde um alimento essencial se cruza com memórias de guerra. Terra de produtores de arroz, foram estes a assumir a linha da frente na luta pela libertação das amarras coloniais que castravam o seu país, mobilizando os seus ancestrais (conhecidos como “Irãs”) na revolta armada que, ainda hoje, marca as memórias daquele tempo.
Da lavra à colheita, cada passo da cultura do arroz está repleto de memórias de guerra, que ainda hoje influenciam o dia-a-dia da aldeia e impactam rituais, corpos, paisagens… e música techno.
No rescaldo do conflito armado, um grupo de soldados é possuído por uma visão messiânia, apelidada de “A Sombra”, que lhes concedeu o poder de prever o futuro e de curar as comunidades da aldeia, com recurso a plantas de arbustos e escritos talismânicos.
Fogo no Lodo é realizado por Catarina Laranjeiro e Daniel Barroca.
A sessão terá lugar a 5 de Abril, no Museu Nacional de Etnologia (Av. da Ilha da Madeira, Lisboa), às 10h, com entrada livre.
Organização: CEsA – Centro de Estudos sobre África e Desenvolvimento.