No dia 27 de abril, o ISEG recebe o Ensemble de Violoncelos da ESART – Escola Superior de Artes Aplicadas do Politécnico de Castelo Branco para um concerto de obras de diversos autores renomados.
A sessão tem início às 19h00, no Auditório CGD (Ed. Quelhas, 2º piso).
Entrada gratuita, sujeita à capacidade da sala.
Programa:
D. Shostakovich – Concerto nº1 para Violoncelo e orquestra, 1º andamento
Solista: Carolina Correia
Violoncelo 1 – Mariana Rodrigues; Violoncelo 2 – Anna Juhasz ;Violoncelo 3 – Matheus Borges; Violoncelo 4 – Verónica Godinho.
Dimitri Shostakovich (1906-1975) foi um compositor russo e um dos mais célebres compositores do século XX. O Concerto para Violoncelo nº 1 em mi bemol maior, Op. 107, foi composto em 1959, para o seu amigo Mstislav Rostropovich.
A composição da obra durou apenas um mês e redução para piano e violoncelo fez-se numa semana. Em quatro dias, Rostropovich aprendeu toda a obra de cor e correu, acompanhado do pianista Alexander Dedyukhin, para a casa de campo de Shostakovich, com o objetivo de lhe mostrar a música. O Concerto foi estreado em 4 de outubro de 1959, em Leningrado (São Petersburgo), com Rostropovich ao violoncelo e a Orquestra Filarmônica de Leningrado, sob a direção de Yevgeny Mravinsky.
E. Elgar – Concerto para violoncelo e orquestra em mi menor, 1º andamento
Solista: Mariana Neves
Violoncelo 1 – Catarina Putzger; Violoncelo 2 – Matheus Borges; Violoncelo 3 – Carolina Pereira; Violoncelo 4 – Verónica Godinho; Violoncelo 5 – Simão Lamego; Violoncelo 6 – Igor Loureiro.
Edward Elgar (1857-1934) foi um compositor do romantismo tardio, célebre pelas suas obras orquestrais Variações Enigma, Pompa e Circunstância e o Concerto para violoncelo em mi menor. Este concerto foi composto no verão de 1919, onde, anos antes, Elgar tinha presenciado a Primeira Guerra Mundial. O Primeiro andamento é marcado pela sua abertura dramática com três acordes que dão liberdade à expressividade do intérprete, seguida por uma melodia romântica que vai aparecendo de formas distintas durante ao longo da obra. O concerto foi composto no final da sua vida, refletindo assim, a sua maturidade e sensatez enquanto compositor.
D. Popper – Elfentanz
Solista: Diogo Martins
Violoncelo 1 – Matheus Borges ; Violoncelo 2 – Catarina Putzger; Violoncelo 3 – Simão Lamego; Violoncelo 4 – Mariana Rodrigues.
David Popper (1843-1913) foi um grande violoncelista e compositor do seu tempo, sendo responsável por uma grande fatia do repertório violoncelístico usado atualmente. Escreveu inúmeros concertos, estudos e pequenas peças, destacando-se as várias obras de caráter virtuoso, em que explora ao máximo a tessitura do violoncelo, como é o caso da Dança dos Elfos ou Elfentanz. Nesta peça, Popper, coloca o violoncelo num registo quase violinístico, mostrando a grande versatilidade do instrumento.
G. Sollima – Violoncelles, Vibrez!
Solistas: Mariana Rodrigues e Simão Lamego
Violoncelo 1 – Anna Juhasz; Violoncelo 2- Verónica Godinho; Violoncelo 3 – Ana Carolina Pereira; Violoncelo 4 – Diogo Martins e Mariana Neves; Violoncelo 5 – Igor Loureiro e Matheus Borges; Violoncelo 6 – Carolina Correia e Catarina Putzger.
Escrito em 1993, Violoncelles, Vibrez! para dois violoncelos e orquestra de cordas tornou-se imediatamente uma das obras mais executadas do compositor Giovanni Sollima. As repetições insistentes e pulsantes que formam a espinha dorsal da obra foram inspiradas nos conselhos frequentemente repetidos de seu professor Antonio Janigro. No seguimento das repetições, uma invenção de uma melodia floresce da atração entre os dois violoncelos. A energia entrelaçada entre eles sobe para se tornar numa melodia descaradamente romântica que acompanha o fluxo e refluxo da música.
A. Piazzola – La muerte del Angel
Violoncelo 1 – Diogo Martins e Mariana Rodrigues; Violoncelo 2- Anna Juhasz, Matheus Borges e Ana Carolina Pereira; Violoncelo 3 – Mariana Neves, Simão Lamego e Carolina Correia; Violoncelo 4 – Igor Loureiro e Matheus Borges; Violoncelo 6 – Igor Loureiro, Verónica Godinho e Catarina Putzger.
Astor Pantaleón Piazolla (1921-1992) foi um músico e compositor argentino conhecido pelo seu virtuosismo no bandoneón e pelos tangos que compôs.
Desde cedo que esteve em contacto com a música, não só através do piano e do bandoneón, instrumentos que aprendeu quando era jovem, mas, também, pela influência do tango, música caraterística do seu país. Mais tarde, em 1951, após ter vencido um concurso de composição, foi estudar com Nádia Boulanger, em Paris. Foi durante estes anos que Piazolla começou a fazer experiências com esta forma musical e criou um tango que misturasse elementos jazzísticos com eruditos. Desta maneira, o compositor acabou por revolucionar o tango, rompendo com o seu código tradicional e , consequentemente, fez com que a música popular argentina fosse interpretada em várias salas de concerto mundiais. Na verdade, uma das obras que marcou essa revolução foi “La muerte del Angel”, composição que chocou o mundo conservador do tango. Esta peça destaca-se pelo uso de harmonia sofisticada, linhas cromáticas através de sequências, bem como, a presença do swing, aspeto característico do jazz.