O mês de fevereiro chegará ao fim com mais um concerto no ISEG. No próximo dia 28, pelas 21h00, o Auditório CGD irá receber João Reigado, que trará consigo um “Rascunho” na forma do seu primeiro álbum de originais, lançado em dezembro de 2024.
Reigado, no entanto, não estará apenas acompanhado pelo seu recentemente lançado disco, dividindo o palco do Auditório com banda e quatro convidados especiais, num conjunto que, na sua maioria, fez com que “Rascunho” saísse do papel para o mundo.
Sinopse
E de repente… a gaveta ficou vazia. As palavras reencontraram a música e tudo começou a fazer sentido. Depois de algumas hesitações, o cantautor João Reigado concretizou um dos maiores objetivos que tinha em mente: editar um álbum de originais. “Rascunho” foi o nome escolhido para um trabalho que conta com 15 temas, nascidos da simbiose entre as palavras, o piano e a voz do artista.
À voz e ao piano juntaram-se a bateria de Diogo Melo de Carvalho, os baixos e contrabaixos de Vasco Sousa e a guitarra de Ruben Portinha que, além disso, foi o produtor e um dos convidados vocais deste disco, no tema “Não há bela sem senão”, onde também tocou guitarra.
Outro dos convidados foi João Afonso (em dueto no tema “Certo e errado”), cujo talento, a carreira e a voz tão caraterística vieram enriquecer ainda mais a obra. O mesmo se pode dizer de José Manuel David, um multi-instrumentista do melhor que há em Portugal que, no caso, gravou harmónica no tema “Chuva vai” e trompas na faixa “Comboios”.
“Rascunho” sobe ao palco do ISEG, Auditório CGD, em formato banda, com muitos dos elementos que participaram na construção do álbum, com promessa de um espetáculo acolhedor, impactante e, sobretudo, cheio de musicalidade.
Formação – Biografias:
João Reigado – Piano e Voz
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João Reigado é professor de educação musical e formação artística, no ensino básico, colaborando regularmente na implementação de projetos de sensibilização à música, ao nível do ensino pré́-escolar e 1.o ciclo e no âmbito da multideficiência. É doutorado em Ciências Musicais pela Universidade NOVA de Lisboa e membro integrado do CESEM (Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical), publicando regularmente em revistas e livros sobre desenvolvimento musical e psicologia da música.
Foi professor auxiliar convidado da Universidade NOVA de Lisboa e professor adjunto convidado da Escola Superior de Educação de Setúbal. Compõe ao piano e guitarra desde muito jovem e, durante o ensino superior, integrou diversos grupos musicais (Staccato Ensemble, Almost a Big Band, Tuna Académica de Lisboa, Nem 8 Nem 80, etc.).
Tem-se dedicado à composição e arranjo musical em contextos de aprendizagem e de promoção da comunicação em crianças com multideficiência. A sua composição, influenciada pelo pop, blues e jazz, reflete uma inspiração pessoal, baseada em sentimentos, relações e numa observação crítica da sociedade, marcada por um tom irónico.
Lança agora o seu primeiro álbum em nome individual – “Rascunho” – um trabalho que conta com 15 temas, nascidos da simbiose entre as palavras, o piano e a voz.
Diogo Melo de Carvalho – Bateria
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Como baterista e percussionista, Diogo toca atualmente com a cantora Cabo-Verdiana Nancy Vieira, a banda The Lucky Duckies e o conjunto Al’Fado. O seu trabalho na música é internacional, tendo colaborado com personalidades de renome como Danny Boyle, Kim Gavin, Underworld, Antony Gormley, Hofesh Shechter e Audrey Riley.
Participou como intérprete nas cerimónias de abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres e na conferência TEDx Goodenough College, para além do trabalho freelance com o mestre da guitarra portuguesa António Chainho, Ranjana Ghatak, Viviane, Rogério Charraz, os grupos Monda, Tora Tora Big Band, Tumbala e The Guest, e os cantautores Michal Atkins, Miguel Gizzas, Kika Cardoso, Jules Drade, Polly Money, Sarah Warwick, Bruno Correia, João Pedro Reigado, Rui Andrade, entre outros. Este percurso levou-o ainda a partilhar o palco com os artistas Rui Veloso, Sara Tavares, Paulo de Carvalho, Filipa Pais, Kepa Junkera, Paulo Flores, Ana Bacalhau e Remna Schwarz.
Diogo é Mestre em Educação Musical e Licenciado em Ciências Musicais pela Universidade Nova de Lisboa, bem como Licenciado em Performance de Música Popular pela Universidade de East London, onde recebeu os prémios de “Melhor Geral” e “Melhor Baterista” da classe de 2011. Frequentou ainda as escolas de música Berklee College of Music – Berklee Online (EUA – Boston), The Institute of Contemporary Music Performance (Reino Unido – Londres), JBJazz e Musicentro (Lisboa).
Foi professor de Educação Musical nos colégios Salesianos de Lisboa e PaRK International School. É atualmente “Head of Customer Success” na premiada start-up de produção musical, Musiversal, contribuindo para um Grammy e dois Emmy’s dos seus clientes.
Ruben Portinha – Guitarra
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Ruben Portinha é autor, produtor, músico e intérprete. Começou a escrever canções em 2004 e iniciou o percurso enquanto músico profissional em 2007. É um cantor, guitarrista, baixista e percussionista autodidata.
Nos primeiros 10 anos de percurso musical, fez parte dos trios luaCústica e Cherry Jam, tendo ainda integrado, enquanto percussionista, a banda do cantor Carlos Silveira. Com estes projetos pisou, entre outros, os palcos da Fábrica do Braço de Prata, dos casinos da Grande Lisboa, das lojas FNAC e do Speakeasy.
Depois de uma primeira maquete em 2008, composta por 10 temas, o primeiro álbum de originais, “Realidade”, foi lançado em 2017. Em 2020 surgiu o segundo álbum, “Tinha de Arriscar”, um Disco Antena 1.
Em 2023 é lançado o álbum “Conterrâneos”, uma homenagem ao pai e poeta popular José Campos Portinha, autor de todos os poemas, musicados por Ruben Portinha, com as participações (entre outros) de Ana Lains, Amélia Muge, Sebastião Antunes, Fernando Pereira e José Barros.
No palco ou em estúdio, colaborou com outros grandes nomes da música nacional, casos de Jorge Palma, Fernando Tordo, José Cid ou Luís Represas, e teve oportunidade de atuar em palcos tão emblemáticos como o Centro Cultural Olga Cadaval em Sintra, as Festas do Mar em Cascais, o Teatro São Luiz em Lisboa ou a Casa da Música no Porto.
Depois de vários triunfos enquanto autor e/ou intérprete no Festival da Academia Recreio Artístico (a coletividade mais antiga de Lisboa), Ruben Portinha conquistou, em 2021, o Prémio José Afonso para melhor canção original no Festival Cantar Abril, organizado pela Câmara Municipal de Almada, com o tema “Obra rara”.
Os originais, com letras sempre em português, navegam entre várias sonoridades, com destaque para a pop, o rock e o funk, aqui e ali com umas pitadas de soul, blues, jazz, bossa-nova e mais uns quantos estilos. Define-se como um cantautor atento que vai buscar inspiração às influências musicais e ao mundo que o rodeia.
Vasco Sousa – Baixo
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Vasco Sousa nasceu em Lisboa. Com conhecimentos de Guitarra, é autodidata de Baixo Eléctrico por volta dos 14 anos. Foi aluno do Hot Club de Portugal em 1983, e da Academia de Amadores de Música em 1988, onde estudou Contrabaixo com o prof. Fernando Flores.
Entre 1993 e 1995, é membro da Orquestra Sinfónica Juvenil. Obteve a Licenciatura de Contrabaixo de Jazz na Universidade de Évora (2017).
É Professor de Educação Musical (2º ciclo) na E.B.2+3 Telheiras, e Professor de baixo eléctrico/acústico e contrabaixo, a nível particular e nas escolas Crescendo, Diapasão, Musicland, Musicentro (Salesianos de Lisboa), Music Club Lisboa e na Escola Secundária Dr. Manuel Fernandes.
Participa em projetos na área da música tradicional portuguesa, música clássica, música antiga, fado, tango, jazz e blues, bem como nas áreas do teatro e televisão.
Convidados – Biografias:
Inês Trevo – Voz
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Desde cedo se manifestou o seu amor pela música, ainda que se tenha tornado consciente apenas aos 13 anos, idade na qual percebeu que a música era o seu caminho. Foi aos 15 anos que fez a sua primeira composição “Turn Around” tendo como base rítmica a guitarra (assim como nas suas composições posteriores).
Entre o português (língua materna) e o inglês, em estilo essencialmente Pop Rock, os seus temas abordam experiências, sentimentos e reflexões que não sendo só seus/suas acabam por transmitir mensagens que dificilmente deixa indiferente a quem as ouve.
Em 2018 lançou online uma primeira maqueta composta por cinco temas originais (“Turn Around”, “O Que Eu Sei”, “Não Me Perdi”, “Where is My Escape” e “Keep The Flame”), à qual se seguiram os singles Som Mudo (2021) e “Verdade” (2022).
Lançou, em 2023, o seu primeiro álbum chamado Solta, com um total de 14 temas e uma faixa extra, totalizando quinze temas originais, que representam o caminho percorrido ao longo destes 15 anos de composição.
Já esteve em palcos que considera importantes por terem sido marcos no seu percurso musical, alguns dos quais foram o Auditório Carlos Paredes, o Grande Arraial De Benfica, a FIARTIL (Feira De Artesanato Do Estoril), o Auditório da URCA e o Auditório Acácio Barreiros no Centro Cultural Olga Cadaval.
Atualmente, conta com algumas canções novas que tenciona gravar e está, também, muito focada na aprendizagem de novos instrumentos e possibilidades musicais, como é o caso do piano.
João Afonso – Voz
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João Afonso tem sido um dos principais Autores/Intérpretes Portugueses da atualidade. Os seus discos foram editados nacional e internacionalmente e tem percorrido grande parte do mundo a representar a música portuguesa.
Em toda a sua carreira trabalhou com músicos e intérpretes do panorama musical nacional e internacional como José Mário Branco, Fausto Bordalo Dias, Amélia Muge, Júlio Pereira, Filipa Pais, Uxia, Luís Pastor, o grupo Mestisay, Pablo Milanés, Paco Ibañez, Pedro Guerra e Javier Ruibal, Kepa Junkera, Costa Neto, Stewart Sukuma, Juan Carlos Cambas, entre outros.
Discografia:
- “Missangas” (1997)
- “Barco Voador” (1999)
- “Zanzibar” (2002)
- “Outra Vida” (2006)
- “Um Redondo Vocábulo” (2009)
- “Sangue Bom” (2014)
- “Livros” (2021)
Com o seu primeiro disco, produzido por Júlio Pereira, recebeu o prémio Melhor Voz Masculina Nacional (prémios Blitz 1998). “Um Redondo Vocábulo” resulta de um espectáculo intimista sobre a obra poética e musical de José Afonso ao lado do pianista João Lucas. O último trabalho, “Sangue Bom”, tem músicas de João Afonso com poemas inéditos de Mia Couto e de José Eduardo Agualusa.
Entre os projetos discográficos em que participou destacam-se:
- “Maio Maduro Maio”, com José Mário Branco e Amélia Muge (1995)
- “Janelas Verdes” Júlio Pereira (CNM, 1990)
- “Acústico” Júlio Pereira (Sony, 1994)
- “Voz & Guitarra” (1997)
- “Encontros” João Lóio (1997)
- “Novas vos Trago” (1998)
- “Por el mar de mi mano” Luís Pastor (1998)
- “La rosa de los vientos” Mestisay (1998)
- “Cantigas de Amigo” (1999)
- “Danza das areas” Uxía, (2000)
- ”Canções de Embalar” vários (2001)
- “A Ópera Mágica do Cantor Maldito” Fausto (Sony, 2003)
- “Cores do Atlântico” (2010)
- Zeca Medeiros (2010)
- Imanol (2011),”Em busca das montanhas azuis” Fausto (2013)
- Júlio Pereira “cavaquinho.pt” (2014)
- Juan Carlos Cambas “Viaxe” (2017)
- Davide Zaccaria “Por terras do Zeca” (2018)
- Davide Zaccaria “Por terras do Zeca com Banda Vaguense” (2021)
- Zeca Medeiros “a dúvida soberana” (2021)
Em 2012 participa no Teatre de la Ville numa homenagem a José Afonso ao lado de Mayra Andrade, Júlio Pereira e António Zambujo. Em 2017 integra o projeto “O Sul de José Afonso e o Barco do Diabo ” com Rogério Pires, Luís Galrito, Paulo Pires e João Espada, que corre o país com a obra de canções feitas a sul por José Afonso. No mesmo ano participa, como convidado, de Patxi Andion, nos seus concertos em Portugal.
Em 2018 colabora e grava um novo trabalho discográfico da obra de José Afonso, a par de José Medeiros, Filipa Pais, David Zacaria e Maria Anadon. Também em 2018, participa com um tema, “Anda daí”, no Festival da Canção.
Ao longo destes últimos anos, com Rogério Cardoso Pires, constitui um projeto e concerto intimista intitulado “Buganvília”, a duas vozes e duas guitarras.
Em 2023, apresentou o seu trabalho conceptual chamado “Livros” com canções baseadas em grandes obras clássicas da Literatura e canções do seu reportório, acompanhado por Miguel Fevereiro e António Pinto às guitarras.
Lourenço Reigado – Saxofone Alto
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Lourenço Reigado é um jovem promissor saxofonista, atualmente a terminar o Curso Secundário de Música no Conservatório Regional de Palmela – CRP, com o professor João Pedro Silva.
Iniciou os seus estudos musicais com 7 anos, mas desde bebé que tem contacto com o mundo da música, em parte devido à influência dos pais. Tem-se vindo a vincular à área do Jazz, frequentando também aulas particulares com o saxofonista Tomás Marques.
Tem-se apresentado, quer a solo, quer enquanto elemento de agrupamentos tão diversos como Orquestra Ligeira do CRP, Ensemble de Saxofones de Palmela, Ensemble Novo Tango, Dueto Saxofone e Harpa e Da Legi Gang.
Participou, como 1.º saxofone alto nos concertos com os cantores A Garota Não e Miguel Araújo. Recentemente, participou na gravação do disco do “Ensemble de Saxofones da
Metropolitana: 100 anos de Joly, 50 anos de Abril” e foi também um dos músicos convidados para integrar “50 anos do 25 de Abril” pelo “Teatro O Bando”.
Pedro Vicente – Voz
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Pedro Vicente é um compositor, autor e músico de Lisboa, que procura estar na música tal como na vida, de forma espontânea, descomplexada e apaixonada.
Começou por estudar música clássica no Conservatório de Música de Sintra, tendo o Piano como instrumento principal. A partir de 2008 integrou vários grupos musicais de estilos musicais diversos e aprofundou a aprendizagem de instrumentos como a guitarra e o contrabaixo.
Em 2016, grava o seu primeiro álbum de originais intitulado «Espera», com edição digital a 27 de outubro de 2017 pela Farol Música e edição física a 21 de dezembro do mesmo ano, com lançamento ao vivo no Casino Estoril e participação especial de Tozé Brito, Paula Delgado e Nuno Santos “Violino”.
A 7 de Junho de 2019, edita o single “Tu és tudo o que eu preciso”, produzido pela dupla João Só e Ricardo Ferreira e que lança em simultâneo com um videoclipe marcante, com grande impacto nos média e amplamente partilhado nas redes sociais.
O tão esperado «2º Andar», o segundo álbum de originais, é editado a 15 de dezembro de 2023 e apresentado pela primeira vez ao vivo, em fevereiro de 2024, no Auditório Carlos Paredes, em Benfica, com lotação esgotada a algumas semanas da data do concerto.
Pedro Vicente acredita que a música é partilha e como tal as colaborações têm marcado muito positivamente a sua carreira, com participações especiais em álbuns e singles de artistas como Joana Almeida, Rúben Portinha, Mariana Moreira, Inês Trevo e João Reigado.
O seu reportório conta com mais de 60 canções com letra e música originais, que o próprio toca e interpreta (a solo ou com banda) e que levou já a diferentes palcos em Portugal (Casino Estoril, Teatro São Luiz, Lojas FNAC, Mercado Campo Ourique, Mercado da Romeira, Centro Cultural de Carnide, C. C. Malaposta, Tokyo, Popular Alvalade, Fiartil, Golegã, Oeiras, Sintra, Algarve, Espanha e a diferentes programas de rádio e televisão.