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Seminários e Conferências

SEMINÁRIO | Jornada de Diplomacia Económica

05 Dez 2012 from 09:00 to 09:01
Aud. CGD | Quelhas

PROGRAMA


I parte

9H00 > Abertura
ISEG, João Duque

SOCIUS, José Maria Carvalho Ferreira
CGD, Humberto Casanova
Instituto Diplomático, Manuela Franco
Fundação AIP, Jorge Rocha de Matos
AICEP, Pedro Pessoa e Costa

9H30 > Intervenção de Abertura
Renata Ramalhosa, Director UK Trade and Investment Portugal, Embaixada do Reino Unido

10H00 > Coffee Break

10H30 > Cooperação Estratégica e Atores da Diplomacia Económica
Moderadora: Manuela Franco, Instituto Diplomático
O sistema financeiro
Humberto Casanova, Diretor da Área de Estratégia e Oferta Comercial/ Business Intelligence na Direção Internacional de Negócio da CGD
A visão empresarial
José Dias Miranda, Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ)
As universidades
Joaquim Ramos Silva, SOCIUS/ISEG
O Estado e o novo modelo de diplomacia económica
Pedro Pessoa e Costa, Administrador Executivo da AICEP Portugal Global
Dinâmicas de rede e valor económico da língua portuguesa
José Paulo Esperança, ISCTE e Instituto Camões da Cooperação e da Língua
Debate


II parte

14H30 > Diplomacia Económica e a Business and Competitive Intelligence
Moderador: Joaquim Ramos Silva, SOCIUS/ISEG
A inteligência económica: Desafios para as empresas e para o Estado André Magrinho, Fundação AIP
Relações económicas Portugal-Alemanha e redes de diplomacia económica Mathias Fischer, Conselheiro Económico da Embaixada da Alemanha em Lisboa
Caixa de ferramentas da "business and competitive intelligence Ruben Eiras, GALP Energia
A importância da Business Intelligence Unit (BIU) na Gestão do Conhecimento Joana Neves, AICEP
Debate

16H15 > Coffee Break

16H45 > A Universidade face à Investigação em Diplomacia Económica
Moderadora: Sónia Sousa, George Mason University, Washington
Diplomacia económica contemporânea
Manuel Farto, Universidade Autónoma de Lisboa
Agências de Promoção das Exportações – Irlanda e Portugal
Aurora Teixeira, Faculdade de Economia da Universidade do Porto
A experiência de diplomacia económica em África
Manuel Ennes Ferreira, SOCIUS/ISEG
Vantagens e desvantagens da diplomacia económica
Maria Sousa Galito, Doutorada em Ciências Políticas e Relações Internacionais (IEP-UCP)
Debate

18H30 > Conclusão

Entrada gratuita sujeita a confirmação para o email sociuseventos@iseg.utl.pt

INTELIGÊNCIA E DIPLOMACIA ECONÓMICA:

 

Uma reflexão sobre o tema da "inteligência e diplomacia económica" impõe-se por duas ordens de razão. Em primeiro lugar, porque se trata de instrumentos de elevado potencial para o cumprimento de objetivos de crescimento e de internacionalização da economia portuguesa, como a promoção de exportações e a atração do investimento direto estrangeiro (IDE). Em segundo lugar, porque enfatiza a importância de uma boa gestão dos recursos de informação, muitas vezes dispersos por várias organizações (empresas, Estado, centros de investigação, entre outras), incluindo as redes de conhecimento e os mecanismos de influência, de modo a conferir proatividade na ação externa. A operacionalização da diplomacia económica envolve diversos atores, exigindo formas de coordenação, partilha de informação e a dinamização de redes de conhecimento visando a sua eficácia e alcance estratégico. Realça-se a necessidade de criação de espaços de cooperação estratégica ao nível da

 

business and competitive intelligence

(ou inteligência económica) entre a comunidade empresarial, as universidades (e demais centros de saber associados à I&D) e o Estado (governo e suas instituições) a fim de otimizar o conhecimento disponível na ligação aos mercados externos sob as mais variadas formas. Quando se coloca o problema da eficácia e dimensão estratégica da diplomacia económica, importa não só considerar o papel de cada um dos atores, mas acima de tudo o resultado das interações das diferentes partes interessadas. Por isso, é fundamental que a diplomacia económica assente em redes de conhecimento, de influência e de intervenção, associando os aparelhos diplomáticos, cuja importância nas últimas décadas tem crescido enormemente nesta perspetiva, às empresas e às suas estruturas associativas de referência, bem como as universidades e centros de investigação. No caso de Portugal, o valor económico da língua portuguesa dentro de uma lógica de dinâmica de redes constitui obviamente uma peça valiosa desta equação configurando um potencial pouco explorado na ótica da internacionalização.

Pelas razões aduzidas, este seminário pretende ser uma expressão atualizada dos pontos de vista de três atores relevantes da diplomacia económica e da



 

business intelligence : empresas, universidade e Estado. Acresce que, no plano académico, são ainda reduzidos os trabalhos de investigação e as abordagens consistentes e aprofundadas sobre o tema. É também por isso que o ISEG, através do SOCIUS, e contando com a colaboração das instituições promotoras da Jornada de Diplomacia Económica, se propõe organizar uma edição eletrónica das intervenções dos oradores, e, também, incluir um conjunto de papers

e trabalhos de investigação em matéria de diplomacia e inteligência económicas, provenientes da academia.